Casa Onde Habitou Garibaldi em Piratini/RS e Onde Luigi Rossetti Editava o Jornal o Povo.
CASA DE GARIBALDI – PIRATINI, RS TOMO I
Sua construção remonta das duas primeiras décadas de 1800. Prédio onde residiram Garibaldi e Rosseti e também onde foram instaladas as oficinas do Jornal O POVO, durante a Revolução Farroupilha.
Este importante
prédio histórico da cidade de Piratini, no Rio Grande do Sul, relevantes na história do estado.
Na casa - à Av. Bento Gonçalves nº 182 - construída entre 1830 e 1832, à época localizada na antiga Rua Clara (a primeira ter calçamento na cidade), residia Giuseppe Garibaldi, que morou em Piratini quando a cidade foi Capital Farroupilha, em companhia de Luigi Rosseti. Lá foi instalada a Tipografia Republicana Rio-grandense, responsável pela publicação do Jornal O Povo, que foi o órgão oficial da República Rio-grandense de 1837 até janeiro de 1839. Este jornal foi criado por Domingos José de Almeida para divulgar os atos oficiais dos Farroupilhas. O primeiro número foi editado em 1º de setembro de 1838 com Rossetti como responsável pela sua redação. A casa é tombada pelo IPHAN desde 3 de outubro de 1941.
CALIGRAFIA DE G.GARIBALDI
Garibaldi, então na Rússia (1833), conhece o carbonário Giovanni Cuneo, entrando em contato com a sociedade secreta
"Jovem Itália", fundada pelo revolucionário místico e
republicano Giuseppe Mazzini [nacionalista
italiano, dirigente da Carbonária e do movimento clandestino "Jovem
Itália", fundada em 1831 em Marselha, e um dos "santos patronos"
do Risorgimento Italiano, onde figuram também Giuseppi Verdi e o próprio Giuseppi Garibaldi – sobre o pensamento de Mazzini veja-se o seu livro
"Doveri dell’uomo"; diga-se que o "Manifesto"
republicano da "Jovem Itália", lançado por Mazzini, foi rapidamente difundido em vários países,
entre os quais o Brasil - via o periódico "O Povo", Rio de Janeiro -,
na Argentina ou o Uruguai], aderindo aos seus
princípios [faz parte, com Cavour e Mazzini, da sua direção] e ao sonho da unificação da
península e, por isso, em 1835 toma parte da tentativa fracassada da conquista
de Nápoles.
Após a sentença de condenação à morte pela corte genovesa parte para o exílio. Chega, depois de passagem por Marselha e a Tunísia, ao Brasil [finais de 1835? Janeiro 1936? integrando-se na rede local de jovens exilados mazzinianos da "Jovem Itália", maçons e carbonários, como Luigi Rossetti, Tito Livio Zambeccari, Giuseppe Stefano Grondona, Cuneo, Pietro Gaggini, Giacomo Picasso ou Luigi Carniglia, trabalhando e "navegando como comerciante", evidentemente com o apoio dos "Bons Primos".
Após a sentença de condenação à morte pela corte genovesa parte para o exílio. Chega, depois de passagem por Marselha e a Tunísia, ao Brasil [finais de 1835? Janeiro 1936? integrando-se na rede local de jovens exilados mazzinianos da "Jovem Itália", maçons e carbonários, como Luigi Rossetti, Tito Livio Zambeccari, Giuseppe Stefano Grondona, Cuneo, Pietro Gaggini, Giacomo Picasso ou Luigi Carniglia, trabalhando e "navegando como comerciante", evidentemente com o apoio dos "Bons Primos".
Irmãos de armas durante quase quatro anos na Revolução Farroupilha, Luigi Rossetti e Giuseppe Garibaldi lembram “ Os irmãos Corsos” de Alexandre Dumas. Um intelctual, outro guerreiro, mas ambos idealista e valentes.
LUIGI ROSSETTI
Luigi Rossetti (Gênova, Itália 1800 — Viamão, 24 de
novembro de 1840) foi um jornalista e intelectual italiano. Cursara a
faculdade de Direito na Italia. Era carbonário,
como este último, sendo vinculados a uma verdadeira Internacional Republicana, a Jovem Itália,
comandada por Giuseppe
Mazzini desde Londres. Participou
possivelmente do levante de Nápoles em 1821; depois se refugiou na Ilha de Malta,
de onde passaria para a América do Sul em 1827.[1] Chegou à América pelo Uruguai, à época da Revolução Farroupilha, quando também veio Tito Lívio Zambeccari. Residiu algum tempo
no Rio de Janeiro, onde foi membro da Congregação
della Giovine Itália, fundada por Giuseppe Stefano Grondona.[2]
Foi também no Rio de Janeiro
conheceu a Giuseppe Garibaldi, com quem se juntou à Revolução Farroupilha. Rossetti e
Garibaldi transformaram seu pequeno barco comercialMazzini em corsário a serviço da República Rio-Grandense.[2] No caminho para o sul, atacaram um
navio austríaco, com uma carga de café, e trocaram de navio com seus ocupantes,
rebatizando a nova embarcação de Farroupilha.[2] Rossetti desembarcou no porto de Maldonado, seguindo para Montevidéu,
a fim de se encontrar com Giovanni Battista Cuneo, enquanto
Garibaldi foi preso pela polícia uruguaia.
Foi para o Rio Grande do Sul,
onde chegou a Jaguarão, naquele momento capital da República Rio-Grandense, em 28 de julho de 1837 e logo partiu para Piratini, onde conhece os
mais influentes líderes da guerra Farroupilha, como Onofre Pires, Domingos José de Almeida e Corte Real, dentre outros.[2]
Em 31 de dezembro de 1837
retorna a Montevidéu com incumbência de adquirir uma tipografia, junto com
[Domingos José de Almeida]], e contratar homens para compor a marinha
Rio-Grandense. Foi editor do Jornal O Povo, órgão oficial da República Riograndense, impresso com as
prensas compradas Montevidéu.[2] Permaneceu no cargo até a edição 47. [2]
Participou da Tomada de
Laguna, sendo nomeado secretário de Estado da República Juliana. Nesse cargo enfrentou
uma série de dificuldades em seus quatro meses de existência, entre problemas
econômicos e políticos, além dos militares, com falta de pessoal e de recursos.[3]
Morreu, vitima de uma lança do
inimigo, durante a tomada de Viamão pelos imperiais em 1840, no posto de capitão, [4],
no Combate do Passo do Vigário em novembro de 1840, quando Bento Gonçalves
organizou a retirada de suas tropas sob o ataque de João Nepomuceno.[2]
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Referências
1.
↑ BARRETO,
Abbeilard. Primórdios da imprensa no Rio Grande do Sul: 1827-1850. Porto
Alegre: Corag, 1986. p. 156
2.
↑ a b c d e f g DORNELES, Laura de Leão. Risorgimento e
Revolução: Luigi Rossetti e os ideais de Giuseppe Mazzini no movimento
farroupilha. PUCRS, Porto Alegre, janeiro de 2010.190pp.
3.
↑ COSTA, Gustavo Marangoni da, Entre contrabando e
iniquidades: outros aspectos da República Juliana - Laguna - 1836-1845,
Florianópolis, UFSC, 2006.
Acesso: 05/01/2012 http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Rossetti
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O Povo (Revolução Farroupilha)
O Povo foi um jornal brasileiro, o mais importante periódico oficial da República Riograndense.[1] Se
autointitulava Jornal
Político, Literário e Ministerial da República Riograndense.[2]
Editado por Luigi Rossetti, organizado por Domingos José de Almeida que havia comprado as prensas em Montevidéu, com o produto da venda de 17 escravos
de sua propriedade no mesmo local.[1] A tipografia e
redação foram inicialmente instaladas na mesma casa onde Rossetti morava com Giuseppe Garibaldi.[3]
Foi o primeiro periódico publicado depois da proclamação
da República Rio-Grandense,
iniciando suas funções, com sede em Piratini, de 1° de setembro de 1838 a 6 de março de
1839, depois o jornal transferiu-se para Caçapava, com a mudança da capital da
República, continuando a ser editado até 22 de maio de 1840.[2] Foi
brevemente editado porGiovanni Battista Cuneo,
depois da saída de Rossetti, pouco menos de um mês antes do término do jornal,
já que a tipografia farroupilha foi atacada por tropas imperiais e destruída.[2]
Era bissemanal, circulando às quartas-feiras e aos
sábados, quando não havia interrupção devido a circunstâncias da guerra. Durou
mais tempo e teve mais números de edições publicadas do que o jornal
farroupilha anterior, O Mensageiro, que tivera pouco mais de um ano
de atividade, entre 22 de abril de 1835 e 3 de maio de 1836.
Um mês e meio depois do início de sua circulação, foi
proibida sua entrada em Porto Alegre.[1]
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Referências
1.
↑ a b c MACEDO,
Francisco Riopardense de. Imprensa farroupilha Volume 4 de Coleção Ensaios,
Editora EDIPUCRS, 1994, ISBN 8570631405, ISBN 9788570631404, 162 pp.
2.
↑ a b c DORNELES, Laura de Leão. Risorgimento e
Revolução: Luigi Rossetti e os ideais de Giuseppe Mazzini no movimento
farroupilha. PUCRS, Porto Alegre, janeiro de 2010.190pp.
3.
↑ BARRETO,
Abeillard. Primórdios da Imprensa no Rio Grande do Sul. Comissão Executiva do
Sesquicentenário da Revolução Farroupilha, Porto Alegre, 1986.
Acesso: 01 /05/2012
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As fontes sobre a sua iniciação e percurso maçônico são algo contraditórias: segundo alguns, foi iniciado em Itália, filiando-se depois (1837) na loja irregular "Asilo (ou Refúgio) da Virtude", do Rio de Janeiro; outros defendem que teria sido iniciado numa loja do Rio Grande do Sul, com o mesmo nome da loja do Rio de Janeiro (a loja "Asilo da Virtude", do Rio Grande do Sul, é fundada em 1833 e regularizada em 1840); outros, ainda, consideram que foi iniciado (1844) em Montevidéu, na loja "Asilo de la Virtud", loja irregular criada por norte-americanos exilados, sendo depois regularizado (18 de Agosto de 1844) na loja francesa "Les Amies de la Patrie" (fundada em 1827, loja de RF, regularizada pelo GODF em 1844 e depois integrada no Grande Oriente do Uruguai); em 1850, está filiado na loja "Tompkins" (nº 471 de Stepleton, New York); improvável será o seu putativo contacto oficial (ou reconhecimento) com a maçonaria da UGLE, dado a sua matriz conservadora. Em Março de 1862, surge como Soberano Grande Comendador do REAA do Grande Oriente de Palermo e depois, pela unificação dos três Orientes existentes em Itália (Nápoles, Turim e Palermo), é nomeado Grão-mestre do Grande Oriente de Itália (na reunião de Florença, dos dias 21 a 24 de Maio de 1864). Em 1872 é nomeado Grão Mestre Honorário "Ad Vitam" do Grande Oriente de Itália. Em 1877 a Loja "Garibaldi" de Buenos Aires nomeia-o Venerável Mestre "Ad Vitam" e, na sequência [1837-1840] da sua participação na Revolução Farroupilha do Rio Grande do Sul [iniciada em 1835 - levado a cabo pelo coronel Bento Gonçalves da Silva [importante maçom, da loja de Porto Alegre, "Filantropia e Liberdade", Domingos José de Almeida, António de Souza Netto, David Canavarro e outros – integra a construção da jovem República Rio-Grandense [que precede o triunfal movimento republicano brasileiro], recebendo a "carta de corso" e assume-se "guerrilheiro". Conhece a brasileira Ana Maria de Jesus Ribeiro (a imortalizada Anita Garibaldi) com quem casará [1842] depois, já em Montevidéu, lugar para onde vai residir [1841]. Em Montevidéu participa na defesa da cidade, organizando a "Legião Italiana" ou "camisas vermelhas".
Em 1848 regressa a Itália com o intuito de fundar a República e unificar a Itália. Após relativos insucessos da sua ação militar e consequente exílio (Suíça e Nice), volta a Roma (onde, então, se proclama a República) como deputado republicano, mas rapidamente tem de a abandonar, depois da sua queda, sendo perseguido na fuga por exércitos de diferentes países, pelo que se retira para Tanger (1849), partindo, depois, para Staten Island (Estados Unidos). Retoma o seu trabalho nos navios mercantes, percorrendo de novo cidades e mares, restabelecendo a sua rede de amizades e cumplicidades. Em 1854 volta a Itália, participando, como comandante das forças sardo-piemontesas (do rei Vítor Emanuel II), na conquista da Lombardia (1859) aos austríacos. Determinado a não perder a ocasião, Garibaldi avança para o do sul de Itália, conquistando a Sicília, Sardenha e Nápoles. O reino de Itália está assim unificado (faltaria Roma), após proclamação (em 1861) de Vítor Emanuel II como rei. Garibaldi tenta, ainda, a anexação de Veneza (1866), a conquista de Trento, a invasão de Roma (onde obtêm um enorme desaire). Organiza a Assembleia de Livres-Pensadores, em Nápoles (1869). Morre a 2 de Junho de 1882, em Capri.
Irm.'. Giuseppe Garibaldi
Fato histórico de
bastante relevância dentro da Instituição é o que se refere à epopeia da
revolução Farroupilha que teve a participação de Maçons.
A Revolução Republicana do Rio Grande do Sul, iniciada em 1835, é lembrada, em muitas Lojas Maçônicas.
Vem à memória, especialmente a figura do Irm Giuseppe Garibaldi considerado um dos mais populares heróis do mundo. O conceito é alicerçado nos seus ideais maçônicos e na sua trajetória de lutas pela liberdade e pela unificação da Itália. Ferrenho defensor de idéias liberais, anticlerical e mais conhecido como "O Herói de Dois Mundos".
Na ordem atingiu o 33º. Foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria italiana em 1864. Também foi o primeiro Grão-Mestre geral do Rito de Memphis Misraïm, naquele país. Não obstante, o Irm Garibaldi foi iniciado no Rio de Janeiro, no ano de 1844, na ARLS "Refúgio da Virtude", filiando-se depois, a 28 de agosto do mesmo ano, à Loja "Os amigos da Pátria".
Na vida profana foi um político revolucionário nascido, em 1807, em Nice (que à época pertencia à Itália, até o ano de 1860, quando passou para a França definitivamente).
Entrando para a marinha da Sardenha, aderiu, em 1833 ao movimento "Jovem Itália", de Mazzini de idéias republicanas. Envolveu-se em uma conspiração frustrada de ataque à Gênova que, descoberta (1834), obrigou-o a fugir para o Brasil e, aqui passou a lutar ao lado dos Farroupilhas em conjunto com grupo de italianos. Entre estes - cerca de 50 - havia carbonários, membros de uma sociedade secreta, segundo alguns, derivada da maçonaria, formada para lutar contra o domínio napoleônico.
Garibaldi Viveu 14 anos na América do Sul
Em 1836 recebeu um comando do general Bento Gonçalves, e participou de ataque a Laguna, em Santa Catarina, onde conheceu Ana Maria Ribeiro da Silva, em 1839 que passou à história como a celebre Anita Garibaldi com quem fugiu para Montevidéu em 1840 e que iria acompanhá-lo por toda a sua vida.
No Uruguai formou a "Legião Italiana" para lutar contra os Blancos de Rosa.
Após esses combates na América do Sul, em junho de 1848 voltou à Itália, formando no Piemonte um grupo de voluntários e o instigou a lutar em favor da unidade italiana, contra os austríacos que pouco depois foi destroçado em Custozza. No ano seguinte lutou pela república romana contra os franceses do Oudinot que sitiavam a Roma republicana e, após a queda de Roma, atravessou com seu exército a Itália Central, de novo contra os austríacos. Auxiliando no comando das tropas da Liga italiana, preparou a insurreição das Marcas e da Úmbria (1859) e exilou-se nos E.U.A., de onde voltou em 1854, para morar na Ilha de Caprera que comprara, perto da Sardenha. Quando, em 1859, estourou a guerra com a Áustria, assumiu o comando da brigada dos "Caçadores dos Alpes", derrotando o inimigo em uma série de batalhas.
Em 1860, com Crispi e Bertani, organizou a expedição dos "mil camisas vermelhas" (eram 1.089) para conquistar o Reino de Nápoles.
Desembarcou em Marsala, na Sicília, a 11 de maio, quatro dias depois derrotou o exército inimigo em Calarafimi e, em julho, estava dono da ilha.
Partindo para o continente, entrou em Nápoles a 7 de setembro e no mês seguinte destruiu o resto das tropas dos Bousbons em Volturno. A 7 de novembro acompanhou Vítor Manuel Nápoles.
Voltou à política como deputado em 1861, rompeu com Cavour que cedera Nice à França e, quando marchava sobre Roma, foi aprisionado.
Libertou-se graças a um decreto de anistia. Em 1864 foi recebido entusiasticamente em Londres. Quando, em 1866, estourou a guerra contra a Áustria, comandou no Tirol um exército de 35.000 voluntários, vencendo 6 batalhas em 17 dias. retornando à sua casa de Caprera, depois de uma invasão mal sucedida dos Estados Pontifícios em 1867, só voltou a combater na guerra Franco-Prussiana de 1870, quando derrotou os alemães em Chatillon, Autum e Dijon. À frente dos Mil ou Camisas vermelhas, expulsou os Bourbons da Sicília e de Nápoles (1860), depois combateu as tropas pontifícias e francesas de Roma, mas foi vencido em Aspromonte (1862) em Mentana (1867). Em 1870 alistou-se no exército francês. Foi eleito deputado ao Parlamento francês, mas abandonou o mandato e, em 1874 foi eleito deputado por Roma.
Um dos maiores mestres na história da estratégia militar revolucionária, Ir. Giuseppe Garibaldi morreu em Caprera, no dia 2 de junho de 1882.
A Revolução Republicana do Rio Grande do Sul, iniciada em 1835, é lembrada, em muitas Lojas Maçônicas.
Vem à memória, especialmente a figura do Irm Giuseppe Garibaldi considerado um dos mais populares heróis do mundo. O conceito é alicerçado nos seus ideais maçônicos e na sua trajetória de lutas pela liberdade e pela unificação da Itália. Ferrenho defensor de idéias liberais, anticlerical e mais conhecido como "O Herói de Dois Mundos".
Na ordem atingiu o 33º. Foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria italiana em 1864. Também foi o primeiro Grão-Mestre geral do Rito de Memphis Misraïm, naquele país. Não obstante, o Irm Garibaldi foi iniciado no Rio de Janeiro, no ano de 1844, na ARLS "Refúgio da Virtude", filiando-se depois, a 28 de agosto do mesmo ano, à Loja "Os amigos da Pátria".
Na vida profana foi um político revolucionário nascido, em 1807, em Nice (que à época pertencia à Itália, até o ano de 1860, quando passou para a França definitivamente).
Entrando para a marinha da Sardenha, aderiu, em 1833 ao movimento "Jovem Itália", de Mazzini de idéias republicanas. Envolveu-se em uma conspiração frustrada de ataque à Gênova que, descoberta (1834), obrigou-o a fugir para o Brasil e, aqui passou a lutar ao lado dos Farroupilhas em conjunto com grupo de italianos. Entre estes - cerca de 50 - havia carbonários, membros de uma sociedade secreta, segundo alguns, derivada da maçonaria, formada para lutar contra o domínio napoleônico.
Garibaldi Viveu 14 anos na América do Sul
Em 1836 recebeu um comando do general Bento Gonçalves, e participou de ataque a Laguna, em Santa Catarina, onde conheceu Ana Maria Ribeiro da Silva, em 1839 que passou à história como a celebre Anita Garibaldi com quem fugiu para Montevidéu em 1840 e que iria acompanhá-lo por toda a sua vida.
No Uruguai formou a "Legião Italiana" para lutar contra os Blancos de Rosa.
Após esses combates na América do Sul, em junho de 1848 voltou à Itália, formando no Piemonte um grupo de voluntários e o instigou a lutar em favor da unidade italiana, contra os austríacos que pouco depois foi destroçado em Custozza. No ano seguinte lutou pela república romana contra os franceses do Oudinot que sitiavam a Roma republicana e, após a queda de Roma, atravessou com seu exército a Itália Central, de novo contra os austríacos. Auxiliando no comando das tropas da Liga italiana, preparou a insurreição das Marcas e da Úmbria (1859) e exilou-se nos E.U.A., de onde voltou em 1854, para morar na Ilha de Caprera que comprara, perto da Sardenha. Quando, em 1859, estourou a guerra com a Áustria, assumiu o comando da brigada dos "Caçadores dos Alpes", derrotando o inimigo em uma série de batalhas.
Em 1860, com Crispi e Bertani, organizou a expedição dos "mil camisas vermelhas" (eram 1.089) para conquistar o Reino de Nápoles.
Desembarcou em Marsala, na Sicília, a 11 de maio, quatro dias depois derrotou o exército inimigo em Calarafimi e, em julho, estava dono da ilha.
Partindo para o continente, entrou em Nápoles a 7 de setembro e no mês seguinte destruiu o resto das tropas dos Bousbons em Volturno. A 7 de novembro acompanhou Vítor Manuel Nápoles.
Voltou à política como deputado em 1861, rompeu com Cavour que cedera Nice à França e, quando marchava sobre Roma, foi aprisionado.
Libertou-se graças a um decreto de anistia. Em 1864 foi recebido entusiasticamente em Londres. Quando, em 1866, estourou a guerra contra a Áustria, comandou no Tirol um exército de 35.000 voluntários, vencendo 6 batalhas em 17 dias. retornando à sua casa de Caprera, depois de uma invasão mal sucedida dos Estados Pontifícios em 1867, só voltou a combater na guerra Franco-Prussiana de 1870, quando derrotou os alemães em Chatillon, Autum e Dijon. À frente dos Mil ou Camisas vermelhas, expulsou os Bourbons da Sicília e de Nápoles (1860), depois combateu as tropas pontifícias e francesas de Roma, mas foi vencido em Aspromonte (1862) em Mentana (1867). Em 1870 alistou-se no exército francês. Foi eleito deputado ao Parlamento francês, mas abandonou o mandato e, em 1874 foi eleito deputado por Roma.
Um dos maiores mestres na história da estratégia militar revolucionária, Ir. Giuseppe Garibaldi morreu em Caprera, no dia 2 de junho de 1882.
Postado por O APRENDIZ às Sexta-feira, Agosto 26, 2011
laertefarias.blogspot.com/2011/08/irm-giuseppe-garibaldi.html
Aceso: 05/01/2012
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