quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CACIMBA DA PRATA

FOTO: RAPHAEL GRECCO

Foto Gentilmente Cedida do Acervo Fotografico do Estudio de João Silva Fotos



A CACIMBA DA PRATA

UMA DAS PRINCIPAIS FONTES DE AGUA PARA O ABASTECIMENTO DO PEQUENO POVOADO INTITULADO CANGUSSU,HOJE CIDADE CANGUÇU. LOCALIZADO ONDE HOJE FICA A EMPRESA DO SENHOR PEDRO BOEMEKE MAT. DE CONSTRUÇÃO. ASSIM SE PERDEU NO TEMPO, DEVIDO AS EXIGÊNCIAS DO PROGRESSO, ESTE IMPORTANTE MARCO HISTÓRICO DE CANGUCU!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tomada de Pelotas - Revolução de 1923




Tomada de Pelotas - Revolução de 1923

Chegada do Dr. Assis Brasil em Pelotas, aos 13 dias do mês de novembro de 1923. Joaquim Francisco de Assis Brasil - diplomata, político, revolucionário, agropecuarista e escritor - trouxe vários avanços para o setor primário do Rio Grande do Sul, como vacas jersey da Inglaterra, touros devon, cavalos árabes, ovelhas karakul e ideal e galinhas white wyandotte trazidas dos Estados Unidos, entre outros. Trouxe ainda, novas espécies de árvores, como o eucalipto, construiu estrebarias, galpões e porteiras que ainda funcionam e inventou utensílios, como a bomba de chimarrão de mil furos que não entope nunca e leva o seu nome.

Tomada de Pelotas - Revolução de 1923



Tomada de Pelotas - Revolução de 1923

Chegada a Pelotas do General Honório Lemes, a 26 dias do mês de dezembro de 1923. Honório Lemes da Silva nasceu em Cachoeira do Sul (RS), em 1864.

Membro de uma família pobre, teve pouca instrução. Em 1893, participou da Revolução Federalista, movimento armado deflagrado no sul do país contra o governo do presidente Floriano Peixoto, estendendo-se até 1895.

Em 1923, voltou a pegar em armas, dessa vez para lutar contra a posse de Borges de Medeiros no governo gaúcho, reeleito para o quinto mandato consecutivo. Os maragatos, como ficaram conhecidos os rebeldes, liderados por Joaquim Francisco de Assis Brasil, enfrentaram durante todo aquele ano as tropas legalistas, só cessando as hostilidades após a assinatura do Pacto de Pedras Altas. Por esse acordo, os rebeldes aceitavam o novo mandato de Borges, que por sua vez comprometia-se a não buscar nova reeleição.

Em novembro do ano seguinte, voltou a rebelar-se, dessa vez em apoio aos jovens oficiais militares que, liderados por Luís Carlos Prestes, sublevaram unidades do Exército no interior gaúcho contra o governo federal presidido por Artur Bernardes. Seu talento como líder militar valeu-lhe fama de grande estrategista.

Em 1925, foi preso e levado para Porto Alegre. Logo, porém, conseguiu fugir e exilou-se na Argentina.

Apoiou a candidatura presidencial derrotada de Getúlio Vargas, em 1930. Exercendo a profissão de carvoeiro, deixou sua família em extrema miséria após sua morte, ocorrida em Santana do Livramento (RS), em setembro de 1930, poucos dias antes do início do movimento armado que levaria Vargas à presidência da República. Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/biografias/ev_bio_honoriolemes.htm

Zeca Netto e Simões Lopes Filho



Zeca Netto e Simões Lopes Filho

General José Antônio Mattos Netto (1854-1948) e seu Secretário Maior, Simões Lopes Filho, o "Fonsequinha", na Revolução de 1923.

General José Antônio Mattos Netto - Zeca Netto



Nasceu no Jaguarão-Chico na sede da estância da família (Rincão dos Netto) no dia 24 de junho de 1854. Filho de Florisbelo de Souza Netto e Raphaela de Mattos Netto, era trineto de Dionísio Rodrigues Mendes por parte de mãe e também tinha como ancestreal, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera.
Ele trazia em suas raízes genealógicas sangue dos primeiros desbravadores e colonizadores do Brasil. Dioníso e Jerônimo de Ornelas são considerados os dois primeiros sesmarianos do Rio Grande do Sul.
Ao 12 anos, já em Porto Alegre, estudava no Colégio Fernando Ferreira Gomes, onde se encantou com a história romana e seus feitos militares.
Com 18 anos foi morar no Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola de Engenharia do Exército, ficando lá por um ano. Depois voltou para retomar os negócios da família na República Oriental del Uruguay.
Antevendo a queda do império, retorna ao Rio Grande do Sul e alinha-se às ações dos republicanos
Em 1892 é nomeado delegado de polícia em Camaquã onde depois de 4 meses recebe a patente de Tenente Coronel do Estadio Maior da Guarda Nacional.
Na Revolução Federalista de 1893, teve forte atuação na região sudoeste do estado, atritado ambiente político do R.S. devido à constituição estadual extremamente positivista e concentradora de poderes no Executivo, e a forma de Estado do Brasil, o qual, apesar de nominalmente federalista, portava-se como se unitário fosse. Os maragatos, então, pegaram em armas contra os pica-paus.
Irrompe a revolução de 1923, Netto alia-se ao movimento sendo o primeiro chefe a levantar-se em armas no sul rompendo-se do PRR - Partido Republicano Riograndese.
Em 1924 se exilou no Uruguai, regressando em 1930; inicia a reconstrução de seu bens, depredados em sua ausência.
Em 1908, Netto, como homem metódico e empreendedor, mandou vir da Itália algumas famílias da região arrozeira daquele país, afim de iniciar seus empreedimentos de forma racional. Com a experiência da agricultura do velho mundo, implantou a orizicultura sob a forma de parceria nas estâncias Galpões, Coxilha, Barra Grande e Granja Netto.
Zeca Netto usou os maiores Cabos-de-Guerra do mundo ocidental como fontes de insipração para seus feitos militares. Dentre eles estão César, Alexandre, o Grande, e Napoleão Bonaparte.
Sua fama logo após a revolução de 1923 era cantanda nos galpões em forma de setilhas (estrofe rara de 7 versos).

"Lá de trás daquele cerro
Passa boi, passa boiada
Também passa o Zeca Netto
No seu cavalo tordilho
Com o toso a cogotilho
Repontando a chimangada
Como tropa de novilho."

Às sete horas do dia 22 de maio de 1948, na sede da Estância da Chacrá, impropiamente chamada de Forte Zeca Netto, faleceu aos noventas e quatro anos e foi sepultado no cemitério São João Batista em Camaquã, R.S., onde repousa até hoje no mausoléu que mandara fazer em memória de sua filha que falecera anos antes, Anna Theotonia. O seu passamento teve repercução nacional.
Seu maior feito foi militar; a tomada de Pelotas pelas forças maragatas em 29 de outubro de 1923.